O mercado global de software como serviço (SaaS) foi avaliado em US$ 266,23 bilhões em 2024. A previsão é que atinja US$ 315,68 bilhões em 2025 e chegue a US$ 1.131,52 bilhões em 2032, com taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 20,0% no período, segundo relatório da consultoria Fortune Business Insights, atualizado em setembro de 2025.

Mas afinal, o que é SaaS? É bem provável que sua empresa já utilize esse tipo de aplicação, mesmo sem conhecer todos os detalhes de como funciona. Neste artigo, apresentamos o conceito de forma simples, com exemplos práticos e as principais vantagens desse modelo para os negócios.

O que é SaaS (Software as a Service)?

SaaS é a sigla em inglês para Software as a Service, ou, em português, Software como Serviço. Em termos práticos, significa a entrega de softwares aos usuários finais pela internet, sem necessidade de instalação nos computadores, mediante uma assinatura.

Até pouco tempo atrás, só existia o modelo tradicional de licenciamento, em que uma empresa, por exemplo, comprava a licença de algum software importante para seus trabalhos (digamos, o pacote Office da Microsoft), que exigia instalação em todos os computadores (lembram do velho CD-ROM?). A manutenção e a atualização daquela infraestrutura ficavam a cargo da empresa.

Com o SaaS, a mesma empresa pode assinar um software que está baseado na nuvem, que é hospedado, mantido e atualizado pelo provedor, que também fica a cargo de toda a infraestrutura e segurança daquele serviço. A empresa apenas paga a assinatura, acessa o software pela internet, com login e senha, e pode disponibilizá-lo para todos os colaboradores usarem em suas máquinas. 

Veja a definição resumida da Microsoft para SaaS:

“SaaS é um modelo de entrega de software baseado em nuvem no qual indivíduos ou organizações assinam aplicativos em vez de comprá-los e instalá-los localmente. Os clientes acessam o software pela internet, geralmente por meio de um navegador da Web, enquanto o provedor de serviços em nuvem gerencia a infraestrutura, a segurança, a manutenção e as atualizações subjacentes.”

Como o SaaS funciona?

O provedor ou fornecedor daquele software hospeda os dados em seus próprios data centers ou em provedores de serviço de nuvem (como AWS, Google Cloud, IBM Cloud ou Microsoft Azure). E ele fica responsável por gerenciar o hardware, todas as ferramentas do software e todas as plataformas e sistemas operacionais. 

O cliente que vai utilizar aquele software só precisa assinar aquela solução de SaaS, por meio de um contrato (SLA), e vai receber do provedor um registro e login para acessar o software diretamente por um navegador de internet ou um aplicativo de smartphone.

Normalmente, os contratos de assinatura preveem pacotes, e a empresa pode aumentar ou reduzir o uso do software de acordo com suas necessidades. 

O que é um acordo de nível de serviço (SLA)?

O SLA é a sigla para Service Level Agreement, ou Acordo de Nível de Serviço (SLA), que é o contrato que define os termos e condições para usar o produto de SaaS.

Ele normalmente traz o detalhamento do serviço que é oferecido, as garantias, informações sobre segurança, suporte e atualizações, as responsabilidades do assinante e os direitos de propriedade sobre os dados.

Quais as principais características do SaaS?

A IBM, empresa global especializada em tecnologia, lista quatro principais características do SaaS, que são comuns a todas as aplicações que usam esse modelo:

  1. É criado para ser hospedado na nuvem.
  2. Pode ser acessado por qualquer cliente que tenha conexão com a internet e um dispositivo de usuário conectado à internet.
  3. Usa arquitetura multilocatário, ou seja, “uma única instância da aplicação atende a todos os clientes”.
  4. Exige pouco ou nenhum gerenciamento e nenhuma manutenção por parte do cliente, ficando isso a cargo do provedor do SaaS.

Quais as aplicações SaaS mais usadas?

A plataforma de nuvem AWS (Amazon Web Services) lista vários tipos de aplicações SaaS que são muito usadas. Por exemplo:

  • gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM);
  • planejamento de recursos empresariais (ERP);
  • software de e-mail marketing;
  • software de contabilidade;
  • software de recursos humanos;
  • software de segurança;
  • ferramentas de colaboração;
  • serviços de edição de documentos;
  • software de comunicação;
  • software de contact center.

Qual é um exemplo de SaaS?

Existem vários exemplos de aplicações SaaS, muitos usados de forma corriqueira em várias empresas. Como os seguintes:

  • Adobe;
  • Canva;
  • Dropbox;
  • Google Analytics;
  • Google Workspace;
  • HubSpot;
  • Mailchimp;
  • Microsoft 365;
  • Microsoft Azure;
  • Netflix;
  • PayPal;
  • Salesforce;
  • SEMrush;
  • Shopify;
  • Slack;
  • Spotify;
  • Trello;
  • Zoom.

Quais as vantagens do SaaS (Software as a Service)?

Listamos, a seguir, 12 vantagens do SaaS que foram apontadas pelas gigantes da tecnologia Microsoft e AWS:

  1. Permite o acesso a aplicativos avançados 

Recursos avançados que eram caros e inacessíveis se tornaram disponíveis para empresas de todos os portes, incluindo aplicativos empresariais de planejamento de recursos (ERP) e CRM, por exemplo.

  1. Custos iniciais são menores

No modelo tradicional de licenciamento, o custo inicial para obter um software era altíssimo. Com os modelos de assinatura, dá para adquirir pacotes mais baratos, e não é preciso investir em recursos extras no computador para rodar aquele software, porque ele é gerenciado pelo fornecedor nos próprios servidores.

  1. Permite pagar apenas pelo que usar

Se o cliente perceber que precisa usar um pacote mais robusto daquele software, ele pode escalar o investimento de acordo com sua necessidade — sem precisar pagar pelo aumento da capacidade do servidor, porque isso fica a cargo do provedor do SaaS. Isso é perfeito para empresas que estão crescendo rapidamente.

  1. Facilita o planejamento dos custos contínuos

É fácil planejar os custos anuais com os serviços de software, já que os provedores cobram taxas padrões pelo SaaS e a manutenção é prevista na assinatura.

  1. Não é necessário instalar localmente

As aplicações SaaS podem ser usadas remotamente, diretamente do navegador da internet, sem precisar baixar e instalar nenhum programa no computador. O máximo que pode ser pedido é a instalação de eventuais plugins. 

  1. Tem rápida implantação

Como não precisa de instalação em vários computadores, basta fazer a assinatura e obter registros e logins para os usuários, é fácil e rápido implantar um software novo em toda a empresa, por maior que ela seja.

  1. Permite o trabalho móvel

Os softwares do modelo SaaS têm suporte para força de trabalho móvel, ao garantir acesso aos dados, com segurança, de qualquer dispositivo conectado à internet, seja ele computador, tablet ou smartphone.

  1. Armazenamento de dados na nuvem

Nenhum dado é perdido se o computador falhar, por exemplo, porque todo o armazenamento do SaaS é na nuvem.

  1. Confiabilidade

Todos os provedores de SaaS investem em protocolos de segurança cibernética rigorosos, e muitos prometem até 99,9% de tempo de atividade. Se a internet da empresa for confiável, o risco de não funcionamento do software é mínimo.

  1. Atualizações automáticas e regulares

Os fornecedores de software fazem atualizações automáticas e frequentes em seus softwares, muitas delas voltadas para a segurança, e que dispensam suporte de uma equipe de TI.

  1. Integração e personalização

Dá para personalizar um software e integrá-lo a outras plataformas e sistemas, por meio de APIs. O melhor: sem custos de infraestrutura.

  1. Análise de dados em tempo real

A maioria das aplicações SaaS oferece insights em tempo real, a partir de coleta de dados de uso e performance.

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