Já se perguntou como criar um ERP para implementar na sua empresa? Será que desenvolver um sistema ERP vale mais a pena do que contratar algum serviço já disponível no mercado?
Neste artigo, a Cora explica o passo a passo para quem quer saber como criar um ERP. Continue a leitura e confira agora.
Leia também | ERP: o que é e como escolher o melhor sistema para seu negócio
O que significa “criar um ERP”?
ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema que integra todos os setores de uma empresa, como vendas, estoque, financeiro, produção e atendimento, em uma única plataforma.
Criar um ERP, portanto, significa desenvolver uma solução personalizada, feita sob medida para atender às necessidades específicas do seu negócio.
Ao invés de contratar um software pronto, você constrói uma ferramenta própria, do zero, com funcionalidades ajustadas ao seu modelo de operação, linguagem de trabalho e processos internos.
E isso pode ser feito por uma equipe interna de TI (Tecnologia da Informação) ou por meio de desenvolvedores terceirizados.
Mas quando faz sentido desenvolver um ERP próprio?
Criar um ERP do zero pode ser uma excelente alternativa em alguns cenários, como por exemplo:
- Quando os sistemas disponíveis no mercado não atendem às particularidades do seu negócio.
- Se a empresa possui processos muito específicos ou complexos que exigem personalizações profundas.
- Quando há uma equipe de tecnologia capacitada e disponível para desenvolver e manter o sistema.
- Se o objetivo é ter total controle sobre o código, segurança e evolução da plataforma.
Por outro lado, empresas com processos mais padronizados ou que buscam agilidade na implantação podem se beneficiar mais de soluções prontas e escaláveis.
Vantagens e desvantagens de criar um ERP do zero
Pode sim ser vantajoso para algumas empresas criar seu próprio ERP. Mas o processo também apresenta desvantagens. Confira:
Vantagens:
- Personalização total, já que o sistema é moldado conforme as necessidades da empresa.
- Maior controle sobre dados, segurança e atualizações.
- Possibilidade de integração com sistemas específicos.
Desvantagens:
- Alto custo inicial de desenvolvimento e manutenção.
- Tempo de implantação mais longo.
- Necessidade de equipe técnica qualificada.
- Riscos de falhas, bugs e retrabalho se o projeto não for bem gerenciado.
Como criar um ERP: etapas de desenvolvimento
Mesmo conhecendo as desvantagens, acha que é possível e vantajoso criar um ERP próprio para sua empresa?
Então confira, a seguir, o passo a passo detalhado para desenvolver isso:
1. Faça um planejamento e defina os objetivos
Antes de escrever qualquer linha de código, é fundamental entender o que o ERP precisa resolver. Faça um mapeamento completo dos processos da empresa, identifique gargalos e defina os objetivos do sistema.
Quais setores serão integrados? Quais funcionalidades são essenciais? Quais indicadores precisam ser acompanhados?
Essa etapa também envolve definir o escopo do projeto, o orçamento disponível, os prazos e os responsáveis.
2. Escolha a tecnologia
Com os objetivos definidos, é hora de escolher a base tecnológica. Isso inclui:
- Linguagem de programação (ex: Python, Java, PHP, C#)
- Banco de dados (ex: MySQL, PostgreSQL, MongoDB)
- Frameworks e bibliotecas
- Infraestrutura (cloud ou local)
A escolha deve considerar a escalabilidade, segurança, facilidade de manutenção e compatibilidade com outras ferramentas utilizadas pela empresa.
3. Inicie o desenvolvimento (interno ou terceirizado)
O desenvolvimento pode ser feito por uma equipe interna de TI ou por uma empresa especializada. É importante seguir boas práticas de engenharia de software, como:
- Arquitetura modular (dividida por setores: vendas, estoque, financeiro etc.)
- Interface amigável e responsiva
- Documentação clara e atualizada
- Versionamento de código e controle de mudanças
Durante essa fase, é comum utilizar metodologias ágeis (como Scrum ou Kanban) para garantir entregas contínuas e ajustes rápidos.
4. Faça testes e comece a implementação
Antes de colocar o ERP em produção, é essencial realizar testes rigorosos:
- Testes unitários: verificam se cada módulo funciona isoladamente.
- Testes de integração: garantem que os módulos se comunicam corretamente.
- Testes de usabilidade: avaliam a experiência do usuário.
- Testes de segurança: identificam vulnerabilidades e riscos.
Após os testes, o sistema pode ser implementado gradualmente, começando por setores menos críticos e avançando conforme a estabilidade.
5. Mantenha uma equipe de suporte e manutenção
Criar um ERP não é um projeto com fim definido. Após a implantação, é necessário manter uma rotina de suporte técnico, correção de bugs, atualizações e melhorias contínuas.
Também é importante treinar os colaboradores para que utilizem o sistema corretamente e aproveitem todo o seu potencial.
Alternativas: alugar ou contratar um ERP pronto?
Se desenvolver um ERP próprio parece complexo ou fora do orçamento, há diversas soluções prontas no mercado que podem atender bem às necessidades da sua empresa.
Inclusive, neste artigo, a Cora detalha quanto custa um ERP e quando vale a pena investir, apresentando os preços médios do mercado e os aplicados por algumas das principais empresas que atuam neste segmento.
Dentre as plataformas de ERP mais conhecidas estão: ContaAzul, Omie, Bling, Tiny ERP e TOTVS, que oferecem pacotes com funcionalidades variadas, suporte técnico e atualizações constantes.
Esses sistemas são oferecidos em modelo SaaS (Software como Serviço), com mensalidades acessíveis e implantação rápida.
Além disso, muitos deles permitem personalizações e integrações com outras ferramentas.
Mas qual é a melhor opção de ERP para pequenas empresas?
Sem dúvidas, para pequenas empresas, via de regra, compensa mais contratar um ERP pronto do que desenvolver um próprio sistema. Isso porque:
- O custo é menor e previsível.
- A implantação é mais rápida.
- O suporte técnico já está incluído.
- Os sistemas são atualizados regularmente.
- Há menos riscos de falhas e retrabalho.
Criar um ERP próprio pode ser mais viável para empresas com processos muito específicos ou que já possuem uma equipe de tecnologia madura. Caso contrário, a curva de aprendizado e os custos podem comprometer o retorno sobre o investimento.
Mas como decidir entre criar ou adotar um ERP já existente?
A decisão entre criar um ERP do zero ou contratar uma solução pronta depende de fatores como orçamento, complexidade dos processos, urgência na implantação e maturidade tecnológica da empresa.
Criar um sistema próprio oferece liberdade e personalização, mas exige tempo, recursos e conhecimento técnico.
Já adotar um ERP pronto é mais rápido, seguro e acessível, especialmente para empresas que estão começando ou que desejam escalar com eficiência.
Independentemente da escolha, o mais importante é entender que o ERP é uma ferramenta estratégica.
Ele não apenas organiza os processos internos, mas também oferece dados valiosos para decisões mais inteligentes e sustentáveis.
Avalie bem suas necessidades, converse com especialistas e escolha o caminho que melhor se adapta à realidade do seu negócio.
Agora você já sabe como criar um ERP. Continue acompanhando o blog da Cora para ter acesso a mais conteúdos sobre gestão empresarial e tecnologia, que podem auxiliar o sucesso do seu negócio.
Até a próxima!