Empreender no Brasil muitas vezes parece um desafio de sobrevivência. Mas e se você tivesse apenas um real, uma cidade nova e um Chevette para morar? Foi o que Caio no Mundo fez para provar que a conexão humana vale mais que qualquer capital inicial.

No Fala, PJ!, Caio conversou com a Cora sobre como “tirar o adesivo de vendedor da testa” e transformar pequenas interações em negócios sustentáveis.

Que tal conferir um pouquinho do que rolou nessa conversa antes de assistir ao episódio completo? Vem espiar alguns dos pontos altos desse papo.

1. O gatilho da curiosidade: seja interessante

Para o pequeno empreendedor, o “não” do cliente é o maior medo. Caio ensina que o erro é chegar oferecendo o produto logo de cara.

Ao vender brigadeiros em Londres, por exemplo, Caio usava uma caixa de ferramentas para gerar curiosidade. As pessoas perguntavam o que era, e a conversa começava antes da venda.

E você? Como pode quebrar o padrão no seu atendimento para fixar a atenção do seu público? Às vezes, ser acessível e autêntico (como usar uma touca rosa em vez de terno) conecta mais com seu cliente do que uma postura rígida.

2. Venda a solução, não o serviço

Um dos aprendizados mais práticos de Caio vem da sua experiência com limpeza de vitrines. Ele não vendia “limpeza”; mas vendia “visibilidade” — e ensina como adotar “atitudes interessantes”, em vez de “interesseiras”, para atrair a clientela. 

Atitude interesseira Atitude interessante (foco na dor)
“Oi, eu limpo vitrines por R$ 20, você quer?”

“Você percebeu como o reflexo do sol está escondendo seu produto?”

Foco no seu bolso e na sua meta.

Foco em ajudar o lojista a bater a meta dele.

Venda única e transacional.

Criação de um ecossistema e indicação.

3. Gestão: receita não é dinheiro no bolso

Muitos donos de PMEs quebram porque confundem o caixa da empresa com a conta pessoal. Caio, mesmo no desafio do 1 real, foi rigoroso e compartilhou algumas lições interessantes: 

  • Separar para crescer: é preciso separar o dinheiro do investimento, o custo fixo e o lucro.

  • Disciplina financeira e o “sacrifício do agora”: Caio reforça a importância de priorizar a saúde do caixa sobre desejos pessoais imediatos. Ele pontua que gastos supérfluos podem desfalcar o negócio e comprometer a operação.

  • Giro rápido: se você tem pouco dinheiro, comece com produtos de baixo custo e alta saída para capitalizar rápido e escalar para itens maiores.

     

4. Extreme ownership: a culpa é sua (e isso é bom)

Caio organizou um evento que fracassou porque coincidiu com a final da Libertadores. Em vez de culpar o futebol ou os clientes, ele assumiu a responsabilidade: admitiu que a escolha do período não foi bem-sucedida e que o evento não foi suficientemente atrativo — o que gerou aprendizados importantes para o futuro. 

E aqui vai uma dica prática: antes de lançar uma promoção ou evento, olhe para o calendário do seu cliente, não apenas para o seu. O que está acontecendo na vida dele naquele dia?

Já deu pra perceber que o episódio está incrível e recheado de experiências interessantes, né? Agora, é hora de dar o play para conferir o papo completo e extrair as melhores lições para aplicar na sua empresa!