O que acontece quando um executivo do mercado financeiro decide trocar planilhas por quadros? No episódio de hoje do Fala, PJ!, mergulhamos no universo da Galeria 18 para conversar com Pedro Paulo Afonso , que trocou o mundo corporativo pela paixão pela arte.
Pedro prova que o sucesso de um negócio, em qualquer setor, está em três pilares: propósito, profissionalização e dedicação total.
Como a paixão vira negócio: o propósito é a ferramenta
Pedro relata que a arte era, inicialmente, um plano de longo prazo. A transição foi impulsionada pela busca por algo maior que o lucro.
A chave virou de vez durante a pandemia , motivada pela pergunta: “Eu vou ser feliz quando?”. Ele percebeu que o propósito não poderia ser adiado.
Para o empreendedor de PME, essa é a primeira lição: o empreendedorismo é o instrumento para realizar o seu propósito. Quando ele é o motor do seu negócio, a dedicação e a resiliência vêm naturalmente.
Dedicação exclusiva: o segredo para evoluir
Pedro inicialmente conciliava a galeria (part-time) com o mercado financeiro. Essa dupla dedicação gera uma performance pior, um padrão comum em PMEs.
A decisão de virar a chave veio do entendimento de que o negócio só teria sucesso com foco total. A dedicação de um empreendedor é infinitamente maior do que a de um funcionário.
O que podemos aprender aqui? Se o seu negócio é a sua fonte de satisfação e propósito , é preciso dar a ele a atenção exclusiva que ele exige. O foco total é o que realmente impulsiona os resultados e faz o negócio prosperar.
Como a visão analítica profissionaliza o negócio
Pedro afirma que sua bagagem no mercado financeiro foi um trunfo. Ele não teve que ser um “empreendedor nato”.
A vida corporativa deu a ele referências , ensinou-o a pensar e a ter uma visão analítica. Isso é um repertório valioso para qualquer PME. Ele utilizou essa bagagem para resolver um problema central: o setor de arte ser “pouco profissionalizado”.
A estratégia de profissionalização de Pedro como empreendedor:
1. Processos e tecnologia: ele trouxe o mantra de “pessoas, processos e tecnologia” para a galeria, criando um software próprio de gestão de acervo e manuais de processo.
2. Gestão de qualidade: Pedro criou um rigoroso manual de processo de entrega de obra de arte, detalhando como embalar e fazer o protocolo de entrega.
Como vender a história e profissionalizar parceiros
A Galeria 18 opera com o modelo de representação de artistas, um modelo de alto risco. A galeria investe e só lucra se a venda acontece, então, o risco é compartilhado.
1. Venda o propósito, o produto é consequência
Segundo Pedro, o foco da galeria não é se a obra combina com o sofá, mas sim na compra da arte “pela arte”. “Eu brinco que você compra a história do artista, você compra a história da galeria e a obra é brinde … Você tá comprando o que a gente acredita”, comenta.
2. O papel do mentor de negócios
Pedro entende que o artista é, muitas vezes, um microempreendedor que precisa de orientação. Seu papel é mostrar ao artista que ele “é a empresa dele mesmo”.
Isso inclui ajudá-los a entender a realidade financeira: a necessidade de dinheiro para comprar materiais e a importância de não refutar a ideia de “se mercantilizar”.
Deu pra perceber que o papo foi bom, né?
Agora, que tal assistir ao episódio completo? Dê o play no vídeo para conferir detalhes dessa conversa e descobrir como a paixão e a gestão profissional podem se unir para construir um negócio de verdadeiro legado.