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Contabilidade para médicos: como evitar os erros mais comuns e pagar menos impostos

29 de janeiro de 2024
contabilidade para médicos

A contabilidade para médicos é uma especialização dentro da área contábil que olha de forma 100% dedicada para as dores e necessidades desse público. Profissionais da medicina que optam por seguir carreira de maneira solo, como profissionais liberais, ou empreendendo e abrindo suas próprias empresas, precisam deste apoio — e muitas vezes nem sabem disso.

Assim como no universo da medicina as especialidades direcionam um atendimento específico conforme o diagnóstico, na contabilidade essa especialização também é essencial, neste caso, para entregar para o médico exatamente aquilo que é específico da realidade deles.

Os serviços contábeis quase sempre são desafiadores para qualquer tipo de empresa, em qualquer área de atuação. A contabilidade para médicos é específica para os profissionais que atuam na área da saúde e é fundamental para manter a gestão das clínicas e dos consultórios também saudável.

Quer entender mais sobre o assunto, evitar os erros mais comuns cometidos por médicos em questão de contabilidade e ainda ter acesso a dicas valiosas para adotar na sua clínica? É só continuar a leitura! Vamos lá? 

Contabilidade para médicos: o que é e para que serve? 

Quando o assunto é contabilidade nas empresas, muitas dúvidas surgem, e no mundo médico não é diferente. O que fazer neste momento? Por onde começar? Será que médico pode ser ser Simples Nacional ou atuar como MEI? Precisa ter um CNPJ ativo para trabalhar? Possui o benefício de redução legal de tributos para clínicas e laboratórios médicos? Pode emitir nota fiscal para os pacientes solicitarem reembolso aos convênios? 

Um serviço de contabilidade para médicos nada mais é do que uma assessoria especializada que pode ser altamente benéfica desde o início — e também ajudar a recalcular uma rota no meio do processo — para responder essas e muitas outras perguntas. 

Um exemplo é o cenário trazido pelo Guilherme Cruz, um de nossos parceiros Coraliados, de ser muito comum que as contabilidades tradicionais não consigam atingir de maneira profunda alguns detalhes que o contador especializado consegue.

“Ter um profissional especializado e que realmente olha a fundo o que você precisa em cada momento da jornada, faz toda a diferença, principalmente na economia com planejamento financeiro e na redução do pagamento de taxas que poderiam ser evitadas, seja no início da sua jornada médica, ou depois de já estar no mercado”, explica Guilherme.

Como funciona a contabilidade para médicos

Dentro da contabilidade para médicos, existe uma série de serviços específicos para as dores desses profissionais que podem ser adicionados, quando pensamos na comparação com uma contabilidade tradicional. 

O contador pode se envolver em todos os processos, desde a abertura da empresa, passando pela realização de cadastro e acompanhamento de documentações para concorrer em licitações, até o controle e emissão das guias de pagamento dos impostos que devem ser contemplados. Cálculo da folha de pagamentos de funcionários, declaração do Imposto de Renda e outros serviços também podem ser atribuídos a essa assessoria. 

Leia também | Entenda o que é e como calcular folha de pagamento

Ainda segundo Guilherme, é muito comum que, por falta de tempo e conhecimento específico nas burocracias legais e de contabilidade, muitos médicos percam oportunidades de emprego ou deixem dinheiro na mesa pagando impostos que poderiam evitar com escolhas mais estratégicas, e uma contabilidade especializada pode apoiar.

“Uma cláusula que está escrita de forma incompleta ou errada em um contrato social, pode não gerar um impacto financeiro todos os meses para o médico, mas não está cumprindo com uma legislação que a Receita Federal exige. Lá na frente, esse profissional pode ser autuado por uma infração sem nem ter ficado ciente de que isso estava acontecendo”, exemplifica o contador especializado em consultórios médicos.

Com o apoio de uma contabilidade para médicos, o profissional consegue se dedicar plenamente ao atendimento dos seus pacientes, planejamento financeiro do seu negócio ou da sua carreira e deixa de se preocupar com burocracias.

No entanto, ainda assim é importante que os médicos tenham conhecimentos, mesmo que básicos, sobre o que é possível de ser feito para poder dialogar e negociar com a contabilidade que contratar para prestação do serviço. Confira a seguir quais podem ser os melhores cenários de acordo com o seu momento na jornada médica.

Principais erros da contabilidade para médicos

Dentre os principais cenários que podem resultar em erros para os médicos em relação à sua contabilidade e adequação à legislação, destacamos, com apoio do contador especializado em médicos Guilherme Cruz, os seguintes:

  • Não se informar minimamente sobre o universo da contabilidade;
  • Não ler o contrato social com atenção em todas as suas cláusulas;
  • Não entregar o extrato bancário para a contabilidade no prazo;
  • Descumprir o princípio da entidade e mistura dos lucros e impostos de pessoa física e pessoa jurídica;
  • Abrir empresa médica sem conhecimento do melhor cenário, com pagamento extra de impostos.

Quais tipos de empresa os médicos podem abrir? 

Se você é médico e está começando a atuar de forma autônoma ou abrindo sua clínica agora, saiba que a contabilidade do seu negócio dependerá do tipo de empresa que você decidir abrir. Três fatores que influenciam muito nesta definição são o porte da sua empresa, os regimes tributários a que você poderá estar sujeito e a natureza jurídica.

Portes

Quanto ao porte, as empresas médicas podem ser: 

  • Microempresa (ME): tipo de negócio que tem o limite de faturamento anual de R$ 360 mil e que pode contratar até nove funcionários no ramo de serviços, como é a área da saúde;

Leia também | 3 vantagens de ser ME e ter sua microempresa regularizada

  • Empresa de Pequeno Porte (EPP): o rendimento bruto deve ser entre R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões por ano. Quem tem este tipo de negócio e atua com serviços pode contratar de 10 a 49 colaboradores;
  • Empresa de Médio Porte: não tem um faturamento anual específico, mas, para serviços, a contratação de funcionários deve ficar entre 50 e 99 colaboradores.

Regimes tributários

Já quanto ao regime tributário, a empresa do médico pode adotar:

  • Simples Nacional: este regime é o mais adequado para as microempresas e empresas de pequeno porte. Em comparação com outros regimes, possui alíquotas mais baixas. Além disso, a agenda tributária é simples, o que facilita a contabilidade para médicos.
  • Lucro Presumido: as empresas que se enquadram nesse regime são aquelas que tenham apresentado, no ano anterior ao pagamento do imposto, uma receita bruta inferior a R$ 78 milhões. O lucro é presumido a partir da receita bruta e de outras, sujeitas a tributação conforme os serviços prestados pela empresa.
  • Lucro Real: aqui se encaixam as empresas com receita bruta acima de R$ 78 milhões ou que tiveram rendimentos de capital exterior. 

Por fim, em relação à natureza jurídica da empresa médica, é possível abrir:

  • Sociedade de Médicos e Profissionais de Saúde
  • Sociedade Unipessoal Limitada (SLU)

E atenção: médicos não podem ser MEIs, já que eles são enquadrados na categoria de profissionais liberais e não se encaixam em nenhuma das opções permitidas para as atividades de microempreendedor individual. A opção de MEI é exclusiva apenas aos profissionais autônomos.

Outro ponto importante: todos os anos, existe uma possibilidade de mudar o enquadramento PJ do médico, e a contabilidade especializada contribui para direcionar o melhor cenário legal que atenda à sua necessidade.

Leia também | Cálculo IRPJ: o que é e como fazer?

Gestão financeira para médicos: 4 dicas para adotar no seu consultório

Deu para perceber que a contabilidade para médicos envolve decisões e compromissos importantes, não é mesmo? E quando falamos em gestão financeira, é fundamental pensar também no seu planejamento individual de orçamento. Afinal, segundo estudos de mercado, um cenário que acontece com frequência é o gasto inapropriado de recursos sem um controle ou cuidado.

Para isso, é fundamental realizar um planejamento e gestão correta dessas finanças. Confira algumas dicas fundamentais que separamos para ajudar você nesse processo.

1. Registre o fluxo de caixa

Para conseguir controlar o quanto sua empresa gasta e o quanto fatura, é fundamental manter o fluxo de caixa atualizado.

Assim, além de visualizar o lucro e a saúde financeira do seu negócio, você poderá ficar em dia com os impostos.

2. Separe as finanças pessoais e profissionais

Não fazer essa separação das contas de pessoa física e jurídica é um dos erros fatais de qualquer empresa. 

Isso porque, com o orçamento misturado, fica muito mais difícil entender como estão as finanças do negócio, sua margem de lucro e até identificar possíveis oportunidades de redução de custos. 

Nesse sentido, abrir uma conta PJ, exclusiva para sua clínica médica, é muito importante. A boa notícia é que, para isso, você pode contar com os serviços da Cora e abrir uma conta PJ grátis, sem burocracia e em poucos minutos.

3. Conheça os tributos obrigatórios e pague tudo em dia

Procure entender qual é o tipo de empresa que você abriu. Assim, você saberá exatamente quais tributos deve pagar, já que eles variam dependendo do tipo e do faturamento do negócio.

E se não abriu empresa e atua como pessoa física, muita atenção à emissão das notas fiscais! Médicos podem emitir nota fiscal para os pacientes solicitarem reembolso aos convênios, até mesmo quando não possuem CNPJ ativo e atuam como profissionais autônomos.  

No entanto, além do imposto de renda (que pode chegar a 27,5% sobre os rendimentos), o médico que atua como pessoa física precisa recolher uma contribuição de 20% para o INSS e entre 2% e 5% para o ISS (Imposto Municipal). 

Somando todos os tributos, a alíquota final praticada sobre os rendimentos dos médicos pessoa física pode ultrapassar 40% ao mês — o que, sem dúvida, não é nada vantajoso.

4. Declare IRPF e IRPJ com atenção

Até o Imposto de Renda de Pessoa Física dos médicos é um pouco mais complicado. É preciso considerar plantões, bolsa-residência e atuação em diferentes empresas até rendimentos gerados por pacientes.

Já o IRPJ das clínicas e laboratórios médicos tributados pelo Lucro Presumido pode se equiparar aos hospitais para fins tributários e ter sua carga do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) reduzida de 32% para 8%; além de redução da alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 32% para 12%.

Por isso, talvez para a elaboração da declaração de Imposto de Renda do médico a ajuda de um profissional de contabilidade seja indispensável. Avalie se vale a pena para você.  

Como escolher uma contabilidade especializada para a sua clínica

Com tudo que vimos ao longo deste artigo, fica evidente a importância de profissionais da medicina contarem com o apoio de contabilidades especializadas neste ramo. Por isso, trazemos algumas dicas de pontos importantes de atenção que você precisa avaliar na hora de escolher a contabilidade que será sua parceira.

  • Educação, compartilhamento de conhecimento e conteúdo: é fundamental que a contabilidade para médicos seja empática e ofereça instrução a respeito de como funciona o serviço especializado para esta classe, bem como os riscos e oportunidades;
  • Atualização sobre contabilidade: já mencionamos anteriormente, mas ter conhecimento é importante para que o médico não caia em armadilhas ou nas mãos de profissionais não qualificados para cuidar da sua contabilidade;
  • Contabilidade realmente especializada na classe médica: verifique o histórico dos profissionais ou empresas que você estiver avaliando, confira se os clientes dessa contabilidade são somente médicos mesmo ou se há exceções e peça indicações;
  • Entrega de soluções exclusivas: uma contabilidade especializada para médicos tem o poder de desenvolver serviços e soluções que atendam de forma precisa às necessidades da rotina desses profissionais.

Com a especialização, vem o melhor resultado, porque a dor de um médico pode complementar o atendimento e serviço prestado para outro, e assim o negócio vai se tornando cada vez mais aderente ao público a que se propõe a atender.

Gostou das dicas? Para este artigo, nós contamos com a consultoria do Guilherme Cruz, CEO da contabilidade para médicos ForDoctor e contador parceiro da Cora no programa Coraliados. Confira um trecho deste podcast contando um pouco mais sobre como esta parceria contribui para transformar ainda mais a relação entre contabilidades e médicos.

Agora que você aprendeu um pouco mais sobre este assunto, te convidamos para continuar acompanhando os conteúdos do blog da Cora. Aqui, você sempre vai encontrar informações que vão te ajudar a entender mais sobre como funciona o mercado e dicas de gestão para a sua empresa. Até a próxima| 

Por Equipe Cora
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