Para muitos, matemática financeira é um assunto difícil de entender. Mas, seja como pessoa física ou pessoa jurídica, é muito importante que você compreenda como funcionam e o que são juros compostos.
Isso porque esse conceito impacta a vida de todos, todos os dias, em diferentes situações — principalmente ao contratar alguma modalidade de crédito ou escolher um investimento.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo para você tirar as suas dúvidas sobre o tema. Vem conferir!
O que são juros e quais são os principais tipos?
De maneira direta, juros são a remuneração pelo uso de dinheiro emprestado ou investido ao longo do tempo. Em outras palavras, é o valor adicional pago por quem toma dinheiro emprestado ou recebido por quem empresta ou investe.
Eles refletem o custo do dinheiro e são expressos como uma porcentagem sobre o valor principal (capital).
Os principais tipos de juros que existem são os juros simples e os juros compostos. Mas existem também os juros nominais, juros reais, juros de mora, juros rotativos e juros sobre capital próprio.
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E o que são juros compostos?
Os juros compostos representam um modelo de capitalização em que os juros são calculados sobre o valor inicial (capital) e também sobre os juros acumulados em períodos anteriores. Por isso, são conhecidos como “juros sobre juros”.
Esse tipo de cálculo gera um crescimento exponencial do montante ao longo do tempo, diferentemente dos juros simples, que crescem de forma linear.
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Para que servem os juros compostos?
Os juros compostos são amplamente utilizados em:
- Investimentos, como CDBs, Tesouro Direto, fundos e previdência privada.
- Financiamentos e empréstimos, como crédito bancário, cartão de crédito, leasing e empréstimo para capital de giro.
- Planejamento financeiro, para projeções de crescimento patrimonial ou dívidas.
- Avaliação de rentabilidade, em decisões estratégicas de negócios.
Diferença entre juros compostos e juros simples
A diferença entre juros simples e juros compostos está na forma como eles são calculados ao longo do tempo e no impacto que isso gera sobre o valor final de uma operação financeira, seja um investimento ou uma dívida.
No caso dos juros simples, o cálculo é feito sempre sobre o valor inicial, chamado de capital. Isso significa que, a cada período (mês, ano, etc.), os juros permanecem constantes, pois não se acumulam.
Por exemplo: se você investir R$ 1.000 com uma taxa de 10% ao mês, receberá R$ 100 de juros por mês. Após três meses, terá acumulado R$ 300 em juros, totalizando R$ 1.300. O crescimento é linear, previsível e fácil de calcular.
Já nos juros compostos, como explicamos anteriormente, os juros são calculados sobre o capital mais os juros acumulados dos períodos anteriores. É o famoso “juros sobre juros”.
Neste caso, ao investir os mesmos R$ 1.000 em três meses, o resultado seria este:
Investimento inicial: R$ 1.000
Mês 1: R$ 1.000 + R$ 100 de juros (10%) = R$ 1.100
Mês 2: R$ 1.100 + R$ 110 de juros (10%) = R$ 1.210
Mês 3: R$ 1.210 + R$ 121 de juros (10%) = R$ 1.331
O crescimento é exponencial, o que pode ser vantajoso em investimentos de longo prazo, mas perigoso em dívidas acumuladas.
Portanto, a principal diferença está no comportamento do crescimento: os juros simples crescem de forma constante, enquanto os juros compostos crescem de forma acelerada.
Por isso, é fundamental sempre buscar crédito saudável, assumindo dívidas de maneira consciente e responsável, para garantir o equilíbrio da empresa.
Como funcionam os juros compostos?
A lógica dos juros compostos é simples: a cada período, o valor dos juros é somado ao capital. No período seguinte, os juros são calculados sobre esse novo montante.
No exemplo que demos acima, já foi possível notar a diferença entre rendimentos ao investir com juros simples e compostos, certo? O mesmo vale para dívidas.
Na prática, ao contrair uma dívida (seja de consumo ou de crédito) sobre a qual incidem juros compostos, o valor dela crescerá muito mais e mais rapidamente ao longo do tempo.
Por isso é tão importante não apenas entender o que são juros compostos e como eles funcionam, mas, também, ficar de olho em contratos ao fazer compras de produtos ou serviços e ao tomar crédito no mercado.
Qual é a fórmula dos juros compostos?
A fórmula matemática para o cálculo dos juros compostos é a seguinte:
M = C (1 + i)t
Onde:
- M = montante final
- C = capital inicial
- i = taxa de juros (em decimal)
- t = tempo (em períodos)
Para calcular apenas os juros acumulados a fórmula é a seguinte:
J= M-CJ = M-C
Juros compostos nas finanças empresariais
É comum acreditar que os juros compostos são vilões. Eles podem ser, principalmente quando uma empresa ou pessoa física realiza empréstimos com taxas de juros elevadas.
Em contrapartida, para quem investe, os juros compostos são grandes amigos.
Em resumo, os juros compostos ajudam uma empresa em casos como:
- Investimento de longo prazo, pois aumenta o retorno sobre aplicações financeiras.
- Planejamento de reservas, já que acelera o crescimento de fundos de emergência ou capital de giro.
- Valorização de ativos, como títulos ou aplicações com reinvestimento automático.
E prejudicam uma empresa em casos como:
- Dívidas acumuladas, como empréstimos com parcelas atrasadas ou cartão de crédito com pagamento em atraso.
- Financiamentos mal planejados, que podem gerar uma “bola de neve” de juros.
- Descontrole de fluxo de caixa, que compromete a liquidez dos recursos da empresa.
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Como usar juros compostos a favor da empresa?
Agora que você já sabe o que são juros compostos e como funcionam, não é preciso ter medo de contratar crédito por conta deles. Afinal, tomar crédito de maneira planejada e consciente é uma forma de realizar projetos importantes.
Em uma empresa, é um passo que pode, por exemplo, viabilizar a ampliação do negócio, a compra de equipamentos, uma reforma, e diversas melhorias interessantes.
Para usar juros compostos a favor do seu negócio e sem prejudicar o caixa, é preciso tomar as seguintes atitudes:
- Simular cenários antes de contratar crédito ou investir;
- Reinvestir lucros em aplicações com juros compostos;
- Evitar dívidas com capitalização composta sem retorno garantido;
- Utilizar ferramentas financeiras para acompanhar o impacto dos juros ao longo do tempo. E aqui vai uma dica: a ferramenta de fluxo de caixa da Cora é uma ótima aliada para facilitar a visualização das contas e otimizar gestão financeira do seu negócio.
Agora você já sabe o que são juros compostos e como eles podem impulsionar o crescimento ou agravar o endividamento de uma empresa, certo?
Continue acompanhando o blog da Cora para conferir mais conteúdos úteis para a gestão da sua empresa.
Até a próxima!
