O Pix é internacional? Este é um dos questionamentos de quem utiliza este método de pagamento instantâneo.
Criado em 2020, o Pix vem beneficiando o mercado e o dia a dia de milhões de brasileiros. Mas não é um sistema global que permite transferências para outros países.
No entanto, já vem sendo criado o projeto Nexus, que tem como objetivo ser uma espécie de Pix internacional. Quer saber mais e entender como vai funcionar? Confira os detalhes ao longo desta leitura!
O que é o Pix?
Antes de se aprofundar no funcionamento do Nexus, é preciso ter clareza sobre as funcionalidades e vantagens do Pix brasileiro.
Trata-se de um meio de pagamento instantâneo do Banco Central, por meio do qual é possível realizar e receber transações em poucos segundos, tanto para pessoas físicas como jurídicas.
Diferentemente de outros tipos de transações, o Pix pode ser realizado a qualquer dia e horário da semana, sendo apenas necessário consultar os limites de valores estabelecidos pela instituição financeira.
Além da agilidade, um dos seus grandes diferenciais é o fato de que não é necessário ter os dados bancários do recebedor para realizar a transferência. Basta saber a chave Pix, que pode ser o celular, e-mail, CPF/CNPJ ou um número aleatório.
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O Pix é internacional ou nacional?
Segundo o Banco Central, em dezembro de 2022, o Pix bateu 104,1 milhões de transações em 24 horas. O sucesso explica porque já está sendo criado um Pix internacional, chamado Nexus.
O Pix utilizado pelos brasileiros, criado pelo BC, não permite a realização de transferências internacionais. Portanto, o Pix não é internacional.
Porém, está em andamento uma iniciativa do BIS (Bank Of International Settlements), que é o Banco de Compensações Internacionais, nesse sentido. A ideia é criar uma plataforma única de transações internacionais, que funcione de forma similar ao Pix.
Dessa forma, qualquer país detentor de um sistema de pagamentos instantâneo ou rápido poderá integrar o Nexus.
Como vão funcionar as transferências para o exterior?
O Nexus deve permitir que as transações sejam realizadas em poucos minutos entre pessoas de qualquer lugar do mundo.
A ferramenta ainda está sem data de lançamento. Mas em setembro de 2022 passou da fase de design para os testes de integração de pagamentos da Cingapura, Malásia e Zona do Euro por meio do Banco da Itália.
Com o objetivo de integrar sistemas nacionais de pagamento de 60 países, a ideia é que esses sistemas se conectem ao Nexus e não que criem uma conexão personalizada com cada um.
Em termos práticos, os bancos irão se conectar ao Nexus para que os clientes também se conectem automaticamente.
Dois aspectos são bem importantes e estão sendo trabalhados para que o projeto saia do papel:
- Plataforma de integração entre diferentes sistemas de pagamento: com isso, qualquer Banco Central no mundo poderá conectar o seu próprio sistema ao programa;
- Conversão de moedas: ao conectar vários países com moedas diferentes em um único sistema, é preciso garantir que a plataforma faça a conversão e tradução de mensagens em tempo real.
A princípio, para realizar transações, será necessário entrar no aplicativo da instituição financeira onde você tem conta, escolher a opção de transferência internacional e optar pelo país de destino.
Só depois o app mostrará a taxa de câmbio no ato da transação e o usuário adicionará o valor e os dados da pessoa ou empresa recebedora. Bem simples, não é mesmo?
Isso significa que os usuários não precisarão se inscrever no Nexus, pois haverá a integração dos bancos com o mesmo.
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Quais serão as vantagens do Pix internacional?
O Pix internacional será revolucionário em termos de agilidade em transferências internacionais.
Um dos principais objetivos é diminuir custos. Portanto, a estimativa do BIS é que as taxas devam ser menores. Porém, é sempre importante lembrar que isso não impede que os bancos cobrem taxas próprias pelas transações.
Além de aprimorar o custo e a velocidades dessas transferências, o Nexus terá como vantagens:
- Transparência: taxas de câmbio e transferência serão reveladas ao usuário antes da conclusão da transação;
- Inclusão financeira: um sistema internacional integrado garante acesso de mais pessoas a estes serviços, aumentando o número de transferências que podem ser feitas por dia;
- Segurança: para evitar transferências equivocadas, o sistema deve confirmar os dados do recebedor antes de concluir a transação.
Como realizar transações internacionais enquanto o Nexus não é lançado?
Há outras formas de realizar transferências para outros países enquanto o Pix internacional (Nexus) é desenvolvido. São elas:
- Bancos: apesar de segura, é um meio mais lento, pois a transação costuma levar de 2 a 4 dias para ser concluída. Além disso, há algumas burocracias envolvidas, como a necessidade de ir até uma agência bancária ou o envio de documentos;
- Casas de câmbio: costumam oferecer taxas um pouco mais baixas do que as dos bancos, mas o processo também não é muito prático;
- Plataformas online: para quem prefere os meios digitais, há fintechs que oferecem esse tipo de serviço e lidam com o câmbio, o que proporciona agilidade e praticidade nas transações. O ideal é utilizar uma empresa credenciada pelo Banco Central para ter segurança em todo o processo.
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Quais países já contam com sistemas de pagamento instantâneos?
Os testes do Nexus estão sendo realizados pelos bancos centrais da Malásia, Itália e Cingapura devido à ampla experiência desses países na construção de sistemas de pagamento.
Mas é interessante ressaltar que muitos outros países ao redor do mundo já contam com seus métodos próprios de pagamento instantâneos, como Japão, EUA, China, Reino Unido, México etc.
Ou seja: é uma forma de realizar transações que está ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no mundo. E o Nexus vem para facilitar ainda mais os processos de transferências entre países diferentes.
A expectativa é que o Pix internacional comece a ser testado em alguns países até o final de 2024, mas não há datas oficiais ainda. A dica é ficar de olho, pois essa novidade realmente vai revolucionar o mercado global de pagamentos!
