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Empreendedorismo infantil: qual é a importância e como estimular?

22 de janeiro de 2024
empreendedorismo infantil

Não, empreendedorismo infantil não é sobre crianças que possuem a própria empresa.  

Se você estava com essa dúvida, saiba que por mais que existam sim algumas crianças que atuam profissionalmente em alguma área e são remuneradas, o empreendedorismo na infância não tem a ver diretamente com isso. 

Ficou com vontade de entender melhor? Continue a leitura do nosso artigo!  

Aqui, a gente vai explicar o que é, qual a importância e como estimular o empreendedorismo infantil, preservando e respeitando a infância e contribuindo para formar adultos inovadores e criativos.  

Afinal, o que é o empreendedorismo infantil? 

Para saber o que é empreendedorismo infantil é preciso primeiro ter claro o que é empreendedorismo. 

No dicionário, empreendedorismo significa “capacidade de projetar novos negócios ou de idealizar transformações inovadoras ou arriscadas em companhias ou empresas; vocação, aptidão ou habilidade de desconstruir, de gerenciar e de desenvolver projetos, atividades ou negócios”. 

Vários autores que estudam o assunto relacionam o empreendedorismo com a palavra inovação e com a capacidade de enxergar oportunidades onde algumas pessoas enxergam apenas problemas, trazendo soluções e propostas diferentes e implementando modificações que podem ser úteis para a sociedade. 

E é muito comum ouvir que é possível ser empreendedor em qualquer área e até mesmo dentro de uma empresa, como colaborador, e não somente quando se é o dono ou a dona de um negócio. 

Afinal, ninguém nasce empreendedor e se o empreendedorismo é uma habilidade isso quer dizer que é perfeitamente possível adquirir cada vez mais conhecimentos, treinar e desenvolver capacidades que incentivem e promovam um postura/visão empreendedora perante a vida. 

Dessa forma, o empreendedorismo infantil nada mais é do que encorajar positivamente as crianças, propondo atividades, seja na escola ou em casa, que ajudem elas a adquirirem ou a desenvolverem ainda mais as competências necessárias para ser um empreendedor. 

E, claro, sempre de forma lúdica, para que gostem do processo e aprendam brincando. 

E quais as principais competências de uma pessoa empreendedora? 

Os principais comportamentos, habilidades e atitudes (CHA) ou soft skills da pessoa empreendedora são: 

  • Resiliência
  • Determinação
  • Persistência
  • Liderança
  • Comunicação
  • Ética
  • Foco
  • Trabalho em equipe
  • Trabalho sob pressão
  • Resolução de problemas
  • Resolução de conflitos
  • Gestão do tempo
  • Pensamento crítico
  • Relacionamento interpessoal
  • Persuasão
  • Organização
  • Planejamento

 

Com atividades direcionadas às crianças e com propósito é possível auxiliá-las a desenvolverem cada vez mais cada uma dessas habilidades e, consequentemente, a aprenderem a ter uma visão empreendedora no dia a dia. 

Qual a importância do empreendedorismo infantil? 

O empreendedorismo infantil é importante pois ajuda a desenvolver uma série de habilidades que irão contribuir para a vida da criança em todas as fases.

Crianças estimuladas a pensarem de forma diferente, a serem inventivas, inovadoras, criativas, corajosas, resilientes, planejadas, têm as bases necessárias para conseguirem resolver situações e problemas cotidianos e já crescem com uma cultura empreendedora enraizada. 

Assim, os principais benefícios do empreendedorismo infantil são: 

– Estimular a criatividade e a proatividade: a criança não tem medo de propor “ideias mirabolantes”, são ousadas por natureza, e possuem o ímpeto de executar o que idealizaram sem muitos grandes empecilhos, sem medo de errar. São corajosas, criativas e proativas. 

– Ensinar sobre planejamento e custos: o empreendedorismo infantil pode auxiliar a mostrar para as crianças noções sobre planejamento, de que antes do resultado final existe um caminho a ser percorrido, no qual perguntas precisam ser respondidas, por exemplo, como tirar aquela ideia do papel, quais recursos são necessários (inclusive financeiros), no que essa ideia pode contribuir? 

– Mostrar como executar projetos: a criança com pensamento empreendedor é guiada a compreender que os planos idealizados podem ser executados, já que o planejamento aconteceu previamente. Neste caminho, é possível treinar também a capacidade de aceitar mudanças repentinas e de explicar sobre imprevistos (e como é possível e importante também se preparar para eles com “planos B, C…”). 

– Revelar a importância do trabalho em equipe em todas as fases: a criança consegue perceber que ao ouvir outras ideias e ao se juntar com outras pessoas com um mesmo propósito é possível  criar inovações ainda melhores e executar as tarefas com mais facilidade. 

– Treinar a paciência e a resiliência: é possível que a criança entenda, aos poucos, que “as coisas” não acontecem da noite para o dia. Tudo tem seu tempo, existem fases, e por mais que a vontade é ver rapidamente o resultado final, é preciso ter calma e paciência e respeitar todo o processo, com resiliência, sem desistir.  

– Desenvolver o senso de responsabilidade e autonomia: o empreendedorismo na infância pode também auxiliar no desenvolvimento de um comportamento autônomo, aumentando a confiança da criança de que ela é sim capaz de fazer o que ela quer fazer (sempre  com o acompanhamento de um adulto e primando pela segurança, com responsabilidade).

– Ampliar a visão de mundo e facilitar a solução de problemas : crianças são pequenos exploradores e absorvem quase que integralmente todo o conteúdo que têm acesso na primeira infância. Incentivar e permitir que eles criem, inventem, explorem, tenham contato com cores, texturas e sabores diferentes sem dúvida aumenta o repertório dessa criança, ampliando sua visão de mundo numa crescente constante e ajudando ainda mais a enxergar tudo de maneira diferente, solucionar problemas e inovar.

Mas como incentivar o empreendedorismo infantil? 

Ok, o empreendedorismo infantil é importante, mas como incentivá-lo nas crianças? Será que não é “muita pressão” para os pequenos apresentar noções do tipo desde tão cedo? 

A verdade é que a criança clama por aprendizados, no entanto eles precisam ser passados de forma lúdica, com brincadeiras significativas e elaboração do que foi vivenciado. 

Assim, se a educação empreendedora for incluída no dia a dia da criança em casa e na escola, com foco no desenvolvimento das habilidades importantes para o empreendedorismo, a assimilação desse tipo de conteúdo será natural, leve e muito divertida. 

Portanto, não é preciso ter receio do empreendedorismo infantil. Ele é positivo e existem muitas formas de estimulá-lo nos pequenos. 

O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), inclusive, desenvolveu uma metodologia para ensinar empreendedorismo às crianças junto ao Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora (CER). 

A ideia é auxiliar os professores com conteúdos especializados no tema do empreendedorismo para que eles consigam aplicá-los em sala de aula.

Segundo o Sebrae, é possível incentivar o empreendedorismo infantil da seguinte maneira: 

1. Com dinâmicas multidisciplinares

Valorizar a diversidade, fazendo com que ela se una a favor da criação de uma ação inovadora, é uma das bases do empreendedorismo. 

Na escola, o professor pode  estimular as crianças a observarem o mundo ao redor, a partir de temas que façam sentido para aquela faixa etária, propondo atividades nas quais seja possível envolver as diferentes disciplinas estudadas. 

Por exemplo, uma feira cultural temática, capaz de abordar um mesmo tema sob diferentes óticas.

2. Promovendo eventos que visem à arrecadação de fundos 

Gincanas, concursos culturais, eventos para arrecadar fundos para uma instituição ou para bancar a formatura da turma ou uma saída pedagógica, são formas de mostrar para as crianças os conceitos de custo, elaboração e execução de projetos. Além do senso de coletividade, liderança e criatividade. 

Deixar com elas a responsabilidade de criar estratégias para arrecadar mais valores ou de guardar o dinheiro arrecadado ou avaliar o que é possível ser feito com a quantia que possuem em mãos, é um ótimo exercício que incentiva o pensamento empreendedor. 

3. Ensinando tecnologia para a criação de um projeto online

Para as crianças maiores, já é possível propor a criação de um projeto online, feito com auxílio de ferramentas tecnológicas. 

Além de ensinar novas habilidades, incentiva o desenvolvimento de competências empreendedoras e auxilia a compreender melhor como funciona o mundo conectado dos dias de hoje. 

4. Incentivando trabalhos manuais

Desde os mais pequenos até os mais velhos, é interessante propor atividades manuais, de arte e criação, utilizando materiais não estruturados ou reciclados, para dar novos usos a itens que seriam descartados. 

Além disso, ressalta a importância e o prazer de colocar a “mão na massa” e, no fim, saber que fez parte daquela criação inovadora.

Ideias de empreendedorismo infantil para aplicar em casa

Além da escola, as famílias podem e devem também incentivar comportamentos empreendedores nas crianças, propondo atividades que permitam acessar este tipo de habilidade e evitando outras que podem ser prejudiciais, como, por exemplo, liberar acesso à telas (TV, computador, Ipad, celular, videogame por muitas horas,  todos os dias, desde muito cedo). 

Claro que sabemos que cada família tem sua realidade e sua dinâmica e que muitas recorrem às telas por necessidade (conseguir trabalhar, por exemplo). 

Sabemos também que receitas prontas para a maternidade/ paternidade “perfeita” não existem e são mecanismos que podem levar as famílias ao sofrimento e ao estresse pela frustração de não conseguirem ser “tão boas quanto aparentemente as outras são”.  

Este não é nosso objetivo neste tópico! 

O que queremos dizer é que em casa, seja em um feriado ou em um final de semana, caso tenha essa possibilidade, ou sempre que enxergar oportunidade e isso for possível para a família, propor às crianças atividades que incentivem o empreendedorismo. 

Por exemplo: 

  • Fazer uma receita culinária com os pequenos que exija preparo prévio (um bolo que precisa preparar o recheio na véspera ou uma gelatina que é preciso esperar horas para comer);
  • Nessa receita, abrir mão do perfeccionismo e deixar que os pequenos façam intervenções durante a execução (colocar um confeito a mais, mudar a forma que você sempre executa, para que eles vejam as ideias sendo aceitas e colocadas em prática – e o resultado depois dessa intervenção);   
  • Disponibilizar lápis, tinta, papel e deixar que criem o que quiserem; 
  • Incentivar o brincar livre, para que a imaginação também consiga ser expressada;
  • Permitir que executem tarefas com autonomia (escovar os dentes sozinhos, comer, tomar banho).

E agora, ficou claro o que é e como funciona o empreendedorismo para crianças? Esperamos que sim! E se gostou do conteúdo, continue acompanhando o blog da Cora. 

Até a próxima! 

Por Equipe Cora
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